COVID-19: Matosinhos sem resposta adequada
- Jornal de Matosinhos

- 22 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de mai. de 2020
Comunicado do PSD- Matosinhos

Neste difícil período, a Câmara Municipal de Matosinhos parece mais interessada em fingir que está a trabalhar muito, mas na verdade tem muito pouco serviço para mostrar. O PSD de Matosinhos, atento ao evoluir da situação da pandemia COVID-19, quer dar público testemunho do apreço e do apoio que merecem todos os que estão a trabalhar para que os efeitos da pandemia sejam minorados. Desde logo, os profissionais da Saúde que, na linha da frente, combatem a doença. Mas não esqueçamos o pessoal de limpeza, o pessoal administrativo, tal como todos os que estão nos seus postos de trabalho, garantindo que o País não fica parado. E os que estão confinados em casa, dando um contributo inestimável para o controle da pandemia. A todos o nosso reconhecimento e muito obrigado. Também uma palavra de esperança e conforto para todos os que foram atingidos pelo flagelo que representa este vírus. Mas, apesar do esforço de quase todos, a pandemia não está controlada, e Matosinhos é infelizmente, o 4.º concelho do País com maior número de infetados e o 2.º concelho com maior número de infetados por cada mil habitantes. Perante esta situação a Câmara Municipal tem tomado um conjunto de medidas que, genericamente, merecem o nosso apoio. Contudo, não podemos deixar de lamentar que a Câmara Municipal de Matosinhos esteja mais preocupada em aparecer nos jornais, nas televisões e nas redes sociais, do que em seguir o exemplo de outras autarquias, de diferentes cores políticas que têm tomado atitudes e lançado mão de iniciativas que visam combater a doença e, melhor preparar, os seus munícipes para o futuro. Numa situação crítica, os matosinhenses vêem-se confrontados com um aumento da conta da água, na verdade as taxas foram aumentadas no mês de Fevereiro de 2020. Só o PSD votou contra este aumento da taxa da água. Lamentamos que, os matosinhenses sejam obrigados a um esforço acrescido, neste tempo de restrições, enquanto as Câmaras do Porto, de Macedo Cavaleiros, ou de Alfândega da Fé, isentam total ou parcialmente os munícipes, empresas e IPSS´s do pagamento de água e saneamento. Nesta situação crítica, a Câmara Municipal de Matosinhos deveria seguir o bom exemplo da Câmara de Cascais que adquiriu e cedeu 850 mil máscaras de proteção individual a IPSS, sendo que as IPSS podem disponibilizá-las depois aos cidadãos, contrariando a especulação que se tem verificado na venda das mesmas. Lamentamos que a Câmara de Matosinhos não tenha tomado, atempadamente, as necessárias precauções, e somente ande a distribuir aos Lares de 3ª Idade umas dezenas de máscaras e luvas de proteção, enquanto a Câmara de Cascais adquiriu 2 milhões de máscaras e máquinas para a própria Câmara de Cascais produzir tais máscaras, bem como máquinas dispensadoras de máscaras que espalhará pelo concelho. Lamentamos que a Câmara de Matosinhos não tenha até hoje tomado qualquer medida para apoiar o tecido empresarial do concelho, apoiar as empresas lançando programas de apoio à recuperação e retoma destas, enquanto Câmaras como a de Sintra procedem à criação de um fundo municipal de emergência empresarial, no valor de três milhões de euros, ou a Câmara de Gaia que aprovou a isenção total das taxas e tarifas municipais dos seus comerciantes no ano de 2020, ou a Câmara do Porto que já anunciou um programa de simplificação de procedimentos urbanísticos, para apoiar os investimentos no concelho. Em Matosinhos, a Câmara Municipal parece mais interessada em mostrar serviço, tendo muito pouco serviço para mostrar. Tudo isto enquanto outros municípios trabalham incessantemente pensando no futuro incerto dos seus concelhos e no bem-estar dos seus munícipes, cumprindo o seu papel fundamental. Nesse sentido o PSD de Matosinhos apresentou, atempadamente, várias propostas concretas. Na verdade, ficamos satisfeitos por terem adotado algumas delas, como por exemplo a criação do Programa Municipal de Emergência Social e dotar o mesmo de 1 milhão de euros. Infelizmente muitas não foram devidamente concretizadas ou não foram aceites, como a devolução de uma parcela do IMI, através de cheque-oferta para os matosinhenses consumirem no comércio local. Agora não é tempo de propaganda, nem de promessas, nem de fotografias. Agora é tempo de agir. Por Matosinhos e pelo bem dos Matosinhenses. Pelo PSD de Matosinhos Bruno Pereira







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