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Comemorações diferentes no dia da Liberdade no Concelho

  • Foto do escritor: Jornal de Matosinhos
    Jornal de Matosinhos
  • 22 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de mai. de 2020

Houve muita gente a cantar nas varandas e janelas


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Este ano as comemorações do 25 de Abril no Concelho decorreram de maneira completamente diferente do que tem sido habitual desde 1974, uma vez que todas as pessoas têm a obrigação de estarem em casa para se precaverem face à ameaça do Covid 19. Assim, a exemplo do que aconteceu em todo o país, os cidadãos ficaram em casa, assistindo pela televisão ao que se passou na Assembleia da República, também com comemorações diferentes das habituais, com muito menos gente, entre deputados e convidados, e alguns discursos. A pedido da Associação 25 de Abril, formada por militares que intervieram há 46 anos nesse dia que restaurou a Liberdade em Portugal, o 25 de Abril de 1974, as pessoas eram incentivadas a ficar em casa e ir à janela cantar a Grandola Vila Morena e o Hino Nacional, a partir das 15 horas. E esse pedido foi acatado pela maioria dos matosinhenses, que à hora solicitada foram cantar o hino da Liberdade e o Hino de Portugal, lançando vivas aos valorosos militares que há 46 anos derrubaram a ditadura e abriram caminho para a Democracia. Mas nas quatro Uniões de Freguesias do Concelho, as comemorações não ficaram por aí. Por exemplo na União de Freguesias de Matosinhos e Leça – talvez a exemplo do que aconteceu no Domingo de Páscoa com os párocos a passearem pelas ruas das duas Freguesias com cruzes transportados em carros – novamente as ruas de Matosinhos e de Leça da Palmeira foram percorridas por um camião de caixa aberta que levava músicos que tocavam fados, era a actuação do grupo Fado ao Centro, o qual promoveu um concerto móvel pelas ruas das duas terras irmãs, presididas por Pedro Sousa. E os autarcas, na página de Facebook da União das duas Freguesias, gravaram vídeos com declarações desde o Executivo e a presidente da Assembleia de Freguesia e todas as bancadas representadas na Assembleia de Freguesia, onde dignificaram a data com as suas mensagens solidárias. Houve também o tradicional descerrar de bandeiras nas duas Freguesias unidas. Em S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora também se descerraram as bandeiras nas duas Freguesias, referindo-se na página do Facebook que “o momento evocativo do 25 de Abril celebra-se este ano num formato inédito através das plataformas digitais. O amplo programa inicialmente previsto pelo Junta da União das Freguesias para as comemorações do 46.º Aniversário do 25 de Abril foi naturalmente alterado em virtude da situação epidemiológica do país e das medidas de contenção aplicadas para limitar a propagação da Coronavírus Covid-19. Contudo, esta manhã, houve lugar ao simbólico hastear das bandeiras nas Juntas de Freguesia por elementos das Forças Políticas com assento na Assembleia de Freguesia de forma a honrar os valores conquistados pela revolução de Abril de 1974”. Em Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, escreveu-se também na respectiva página das União das Freguesias, que “o estado de emergência que Portugal vive impede-nos de celebrar mais um ano volvido sobre a revolução de Abril. Na nossa União de Freguesias, a exemplo de todas as outras, não iremos juntar-nos nas várias actividades que nesta data servem para lembrar a herança que todos recebemos naquela madrugada mágica. Este ano a lembrança terá que ser vivida no interior de cada um, no interior de cada família mais reduzida. Mas se cada um o fizer não teremos perdido o sentido e a razão da revolução dos cravos. A forma como o vamos fazer este ano é a prova da maturidade da nossa democracia de que devemos orgulhosamente dar prova”, e solicitava-se que no dia 25, a partir das 15 horas, “a população cante, das varandas ou janelas de suas casas, a música “Grândola, Vila Morena”, como forma de homenagem aos militares e povo português que resistiu, enfrentou e derrubou a ditadura em Portugal e também como forma de promover sentimentos de esperança, confiança e superação perante o momento difícil que o país está a passar atualmente”. E houve igualmente o descerrar simbólico das bandeiras. O mesmo se passou em Custóias, Leça do Balio e Guifões, com os responsáveis autárquicos a hastear as bandeiras, pois “em de dificuldade, tínhamos a obrigação de simbolicamente lembrar o 25 de Abril. Nunca pensamos que um dia o iramos fazer de máscara. Melhores dias virão!”, e optou-se, igualmente pelos cânticos às janelas nas três Freguesias unidas. - JMC

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