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A maioria PS/PCP sempre ultrapassada pelos acontecimentos

  • Foto do escritor: Jornal de Matosinhos
    Jornal de Matosinhos
  • 1 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

CARLOS ALBERTO FERREIRA

carlosalbertoferreira@gmail.com

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Quando no início da tarde do dia 25 de Abril assistia às comemorações do Dia da Liberdade deparei-me com Marcelo Rebelo de Sousa e o Ministro da Defesa a distribuírem saquinhos com o almoço a cidadãos que enfrentam dificuldades com as televisões a fazerem reportagem disso. Estas imagens fizeram-me lembrar os actos de caridadezinha de má memória dos tempos de Salazar e Marcelo Caetano com os chás nas Pastelarias da Foz ou as senhorecas do movimento nacional feminino a entregarem cigarros aos jovens que partiam para a guerra colonial. Aconselha-se maior recato ao professor Marcelo e ao Ministro da Defesa. É que a caridade deveria ser anónima, do contrário é vaidade e publicidade pessoal. Mas não obstante estas imagens bem características de outros tempos, o meu pensamento regressou a Matosinhos onde reencontro autarcas à procura de factos que chamem a comunicação social para, aproveitando o desespero de muitos, se projectarem e ganhem notoriedade para promoverem os seus egos e agendas políticas. Nesta matéria constatamos uma excelente dupla constituída por Luísa Salgueiro/José Pedro Rodrigues, resultante de uma maioria PS/CDU que vai funcionando desta forma, com estas regras e estes valores. A pandemia trouxe uma conjuntura que favorece todo os actos e movimentos populistas e em Matosinhos percebemos cedo que as acções correntes de gastos vultuosos e acções superficiais com muita dose de populismo é uma característica que uniu os autarcas do PS aos do PCP e, tão alinhadinhos, defendendo-se ou encobrindo-se uns aos outros, actuam em espaço que é favorável a estas práticas. Basta olhar atentamente para os números e verificamos que Matosinhos ocupa os lugares cimeiros dos contaminados, dos internados e dos que infelizmente já partiram. Foi apregoado, várias vezes, o empenho da autarquia com muitos sucessos sistematicamente anunciados, mas quando surgem problemas como as mortes ocorridas no Lar do Comércio, a dupla Luísa Salgueiro / José Pedro Rodrigues, vem imediatamente a terreiro afirmar que a culpa é dos lares e das suas direcções. A direcção do Lar do Comércio é, como se sabe, liderada por um destacado militante socialista com ligações políticas a Luísa Salgueiro, pois são do mesmo partido, que agora numa política do desembaraça-se do problema descarregam sobre estes os efeitos da política de show off muito característica da maioria da Câmara PS/PCP. O Lar do Comércio está em polvorosa com a quantidade de funcionários e utentes infectados com o vírus, que se revelou mortal infelizmente para muitos dos utentes. Razão tinha o vereador do PSD quando em reunião camarária de 07 de Abril dizia: “em nome pessoal e do PSD, queria denunciar a ausência de realização de testes e de material de protecção em alguns lares do Concelho de Matosinhos. Disse que a Câmara de Matosinhos tinha de defender os Matosinhenses, não deixar os idosos entregues à sua sorte. O PSD exigia a realização de testes e o apoio à terceira idade, não podiam continuar de braços cruzados, numa atitude criminosa. O que conseguir fazer deve-o fazer sem burocracias, sem andar a pedir papeis ou relatórios uma e outra vez, em vez de resolver efectivamente o problema.” Não obstante os ataques que sofreu nessa reunião do executivo camarário, por parte de Luísa Salgueiro, o vice Fernando Rocha e de José Pedro, Jorge Magalhães do PSD só teve de esperar 15 dias para a triste realidade lhe tenha vindo dar razão. É que enquanto em Matosinhos os políticos passeiam pelo concelho os seus casacos da protecção civil a fazer política, umas selfies para o Facebook da autarquia e a correr atrás dos “prejuízos”, no outro lado da circunvalação houve um programa de rastreio que o Porto fez em todos os lares de idosos, cidadãos com deficiência e sem abrigo do Porto e que esta semana terminou. É um exemplo de seriedade que vai faltando por Matosinhos que privilegia as compras directas ou alugueres de espaços independentemente dos custos e dos preços de mercado numa prática que esta maioria tanto gosta. É que ainda temos alguns dossiers para fechar. Basta relembrar a Realidade Social, o Raf Park, o negócio da adjudicação dos lixos a uma empresa da Trofa entre outros assuntos demasiado polémicos de que Luísa Salgueiro se apresentou a sufrágio como herdeira. Por estas razões e porque em 2021 teremos eleições autárquicas cada vez mais se pergunta por onde têm andado as oposições que salvo o PSD parecem estar adormecidas. Ressalvo no entanto pela agradável surpresa a importante intervenção que tem vindo a ter o novo vereador Sérgio Meira do SIM de António Parada, a protagonizar algumas intervenções nas reuniões do executivo camarário em que participa fazendo perguntas demasiado incómodas para o regime actual. E é isto!

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